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NOS OÁSIS DO SAARA MARANHENSE

Atualizado: 14 de set. de 2021

Chegamos no Maranhão após uma passagem rápida, porém muito marcante, pelo litoral do Piauí.


Desde a foz do Rio São Francisco, que divide os estados do Sergipe e Alagoas, estávamos dirigindo lado a lado com o Oceano Atlântico e sendo acompanhado por todo aquele vento que soprava principalmente no trecho da chamada Rota das emoções.


Muitos quilômetros inclusive haviam sido percorridos pela areia com pneus extremamente murchos (18 psi) e em velocidade constante para literalmente não “morrermos na praia”.

Em nosso roteiro pelo Brasil, os Lençóis Maranhenses eram o ponto mais ao norte que atingiríamos além da última parada antes de seguirmos rumo à Região Centro Oeste.



Um capítulo importante que intitulamos de “Curva do litoral nordestino” seria concluído naquelas famosas dunas do Parque Nacional.


Claro que estávamos extremamente ansiosos para encerrar em grande estilo essa etapa tão especial da viagem.


Antes de chegarmos em Barreirinhas/MA, que é a cidade mais utilizada como base para explorar os lençóis, dormimos uma noite em Tutóia/MA que abriga os chamados “pequenos lençóis”. Nossa primeira ideia era chegarmos até a Praia do Caburé de carro, já que o acesso pelo outro lado do Rio Preguiça demandaria um planejamento maior em função da dificuldade das trilhas e supostas restrições em alguns trechos.

Por força do destino, naquela mesma noite em que pernoitamos por Tutóia/MA também reencontramos dois viajantes que já haviam esmiuçado um plano de rota diretamente para a comunidade de Atins (vilarejo colado com o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses).


Durante o jantar (cachorro-quente com purê de batata) eles nos explicaram melhor o que haviam estudado até então e nos convenceram a embarcar juntos nessa aventura deixando o plano dos “pequenos lençóis” para trás.


Seria a primeira vez que teríamos companhia de outros veículos 4x4 e formaríamos uma espécie de “comboio” para realizar o percurso em segurança. Juntando os equipamentos de todos contávamos ali com uma prancha de desatolagem, guincho, pá, compressor, além do item mais fundamental de todos: a vontade de completar o trecho!



Saímos nas primeiras horas do dia em direção a Barreirinhas/MA onde pegaríamos uma pequena balsa até a trilha de acesso para a comunidade de Atins. O aplicativo Wikiloc seria o nosso GPS inteligente com as principais informações sobre o trecho.


Isso nos daria tempo o suficiente para aproveitar com calma aquela experiência única de travessia em meio às dunas, poças e rios.


Logo no acesso da principal via da cidade deparamos com uma grande carreata de carros e caminhões que comemoravam, em alto e bom som, a eleição do novo prefeito. Simplesmente não havia como escapar, já que todas as ruas paralelas não seguiam mais do que dois quarteirões e novamente nos jogavam de volta para a confusão. Parecia carnaval com jingles políticos e "buzinaço"


Finalmente conseguimos acessar um posto em que enchemos os tanques de combustível, calibramos os pneus e completamos as caixas de água do motorhome.


Três carros grandes e adaptados como os do nosso pequeno comboio normalmente já chamariam a atenção, em locais turísticos então isso fica ainda mais evidente. Foi naquele momento que começaram as abordagens de alguns guias turísticos locais, nem sempre muito informativas.


Notamos certo padrão nas abordagens. Queriam saber para onde íamos, como, com quem e se estávamos juntos. O problema não era, de forma alguma, eles ofertarem o serviço de deslocamento, passeio ou hospedagem, mas sim a forma de fazerem isso aterrorizando sobre as condições da via, restrições de acesso e multas de valores estratosféricos.



Estávamos confiantes de que nossas fontes, conversas e pesquisas eram verdadeiras e poderíamos seguir o plano de acessar a isolada comunidade de Atins sem entrar ilegalmente no perímetro do Parque Nacional.


E até colocarmos os carros na balsa que atravessava o tranquilo Rio Preguiça tudo estava correndo muito bem...



CHEGANDO À COMUNIDADE DE ATINS POR TERRA


  • O percurso de Barreirinhas até Atins tem 28 km de distância (a partir da balsa do Rio Preguiça)

  • Duração de 2h a 2:30h com paradas para contemplação e analise do terreno.

  • Velocidade média: 13 km/h (não é brincadeira, foi medido)

  • Esvazie os pneus para ter maior aderência na areia fofa e lama (você enfrentará os dois tipos de terreno durante esse trecho)

  • Realizar a travessia preferencialmente nas épocas mais secas do ano (Nov-Dez)

  • Durante a época de chuva alguns pontos se transformam em verdadeiros rios

  • Busque horários "menos quentes" do dia e leve bastante água potável

  • Reunir outros veículos na empreitada para planejamento, divertimento e execução

  • Se não dispor de veículo 4x4, existem serviços diários de "transfer" nas chamadas jardineiras


COMENTE, PERGUNTE, DÊ SUA SUGESTÃO!!!


SINTA-SE À VONTADE AQUI NO "BLOG TO BE WILD"

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