Acredito que o assunto mais falado hoje também entre os amantes de viagens ainda seja a pandemia e como cada região do globo vem se reabrindo, se adequando e, acima de tudo, se reinventando durante as várias etapas deste processo.
E é incrível pensar que o isolamento possa, por um outro lado, também aproximar tanto as pessoas que estavam distantes.
Desde que pegamos as estradas brasileiras em agosto de 2020, nosso carro-casa virou uma espécie de cápsula itinerante e prontamente começamos a definir, 100% em conjunto, cada movimento do dia-dia
Desde o princípio, os destinos escolhidos buscavam o maior distanciamento possível das grandes metrópoles, tanto para evitar aglomerações como para facilitar a movimentação e estabelecimento de nosso parceiro Figueiredo de 3 toneladas, 2,5m de altura e 4,6m de comprimento.
Parques nacionais, sertão, agreste, interior, serra acabaram tornando-se os pontos mais procurados.
Experimentamos também, pela primeira vez em anos de convivência, compartilhar praticamente tudo que envolve cada atividade diária, desde o que vamos comer e comprar no mercado até onde vamos parar e como nos sentiremos seguros.
A parceria foi, definitivamente, colocada à prova.
Começamos então a viver exatamente o oposto do que estávamos acostumados em uma rotina de viagens pelo trabalho, plantões aos finais de semana e eventos fora da cidade.
A vida de viajante em dupla tornou-se uma eterna terapia de casal sem supervisão e em sessões incrivelmente rápidas
O quarto de dormir é um só, a cozinha é comunitária e, obviamente, as decisões são constantes e dinâmicas, ou seja, simplesmente não existe espaço para ficar sem falar um com o outro ou fazer qualquer tipo de jogo de médio-longo prazo.
Talvez tudo tenha ficado “mais sincero” durante todo esse período.
Interessante pensar que, mesmo com uma rotina completamente diferente, vivemos “na pele” uma transformação que outros casais também tiveram que passar durante os meses contínuos em casa.
E o risco de viajar durante uma pandemia?
Ele sempre vai existir!
Aprendemos que esse risco também está presente na ida ao supermercado para buscar suprimentos ou no trabalho de escritório conjunto ou no transporte público para chegar em qualquer destino na cidade grande em estilos de vida diferentes do que vivemos hoje.
Não são certamente as mesmas porcentagens de risco, isso é certo! Cada pessoa acaba tendo que mensurar com responsabilidade seus movimentos e com os viajantes não é diferente.
De qualquer forma, estamos falando aqui de um assunto complexo, espinhoso para alguns e com muitos pormenores.
Em nosso caso em específico, buscamos nossa maior segurança transitando em regiões ermas do país, parando em cidades com poucas pessoas, focando em atividades ao ar livre e sempre contando com uma casa que facilmente sai de um lugar e vai para outro
Talvez mesmo sem pandemia, os destinos teriam sido exatamente os mesmos por seus encantos e belezas, mas, com certeza, cada deslocamento e destino foi pensado e repensado com muito mais critério durante este período.
Algumas fronteiras terrestres do continente começam um processo de reabertura e claro que ficamos sempre muito atentos a tais possibilidades.
Porém, seguimos com inúmeras possibilidades fantásticas que visitamos e recomendamos por aqui com vocês:
5 DESTINOS ISOLADOS NO BRASIL
O QUE: Serra da Capivara
ONDE: Piauí
DESTAQUE: Pinturas rupestres, fauna e flora da caatinga e imensos paredões rochosos
O QUE: Serra do Tepequém
ONDE: Roraima
DESTAQUE: Tepuis com cachoeiras, mirantes e observação de pássaros
O QUE: Parque Estadual de Terra Ronca
ONDE: Goiás
DESTAQUE: Cavernas, rios subterrâneos e cachoeiras
O QUE: Chapada das Mesas
ONDE: Maranhão
DESTAQUE: Poços azuis, cachoeiras e trekking
O QUE: Baixo Rio São Francisco
ONDE: Bahia-Alagoas-Sergipe
DESTAQUE: Banho de rio, história do cangaço e arte regional
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